Heitor Villa-Lobos se formou no ambiente erudito da década de 1910, absorvendo muito da “antiguidade” da ópera italiana e da “modernidade” de Wagner e Saint-Saëns. Ele também compreenderia em sua formação o impressionismo de Debussy que era uma revolução nos padrões de estilo de composição.
Com essas influências, Villa-Lobos ambicionava ser um compositor erudito nos moldes europeus. Assim, ironicamente, foi em sua viagem para a Europa que ele foi convencido a compor uma música nacional, brasileira. Note que não estou falando de música popular, folclórica, que sempre foi tocada em seus nichos, das cirandas, das liras portuguesas, do lundu ao choro... Estou falando de uma música erudita que não existia até então no Brasil, apesar de outros compositores já terem tentado produzí-la, como Alberto Nepomucemo.
Foi Villa-Lobos quem teve a sensibilidade e a capacidade de criar uma música “tropical”, com muita percussão, ritmos populares e melodias indígenas. Depois dele vieram muitos outros como Carlos Gomes, Lorenzo Fernandes, Francisco Mignone... Mas Villa é considerado o pai da música brasileira, tendo sido principal influência de muitos compositores importantes do universo popular também, como Tom Jobim e Guinga.
Trenzinho Caipira, obra famosa de Villa, que já inclui elementos do futurismo ao reproduzir sons de trem com a orquestra:
Villa-Lobos também foi um virtuose do violão, deixando uma das mais importantes obras para violão clássico:
Planeta dos Macacos - Pierre Boulle
Há 10 anos
2 comentários:
Pena que pouco se sabe da obra de Villa-Lobos, não conheço muito, mas o que ouvi emociona! Boa lembrança! :0)
Achei interessante este post, justamente pelo fato de algumas pessoas não conhecerem, mais podem conher a parti de agora... Bom mesmo!!!
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